quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Língua Brasileira de Sinais

As línguas de sinais (LIBRAS) são as línguas das comunidades surdas. Possuem estruturas gramaticais próprias. É denominada língua por ser composta pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

A Língua Brasileira de Sinais tem sua origem na língua de sinais Francesa. E assim como as outras línguas, também diferencia das línguas de sinais de outros países pelo regionalismo que sofre influências culturais.

Os sinais são formados com a realização de movimentos com as mãos e também com a expressão facial e corporal. Com as mãos são realizados os sinais, o que denomina alfabeto manual, grafia, verbos, pronomes e frases. O espaço onde os sinais são realizados com ou sem movimentos também são fundamentais para que a linguagem aconteça de forma positiva. Já a expressão facial e corporal é determinante na realização da língua de sinais por facilitar a compreensão, sendo que é por meio da expressão facial que os surdos transmitem a entonação da língua.

A Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão pela Lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002. Uma das providências da Lei é que o sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

Para interagir com a comunidade de surdos é necessário conhecimento e aperfeiçoamento a respeito da Libras. Com valorização à educação especial, o Instituto Consciência GO oferece o curso de Pós-graduação em Libras com formação de recursos humanos para o atendimento inclusivo, norteado pelos princípios da inclusão social e educacional do sujeito surdo. O objetivo do curso é aprofundar o conhecimento das características do desenvolvimento e da aprendizagem dos indivíduos com necessidades educativas especiais.

A Língua Brasileira de Sinais é imprescindível como mediadora no processo de educação dos surdos. Afinal todos os indivíduos possuem o direito à educação. E o intérprete na sala de aula é fundamental para auxiliar no processo de aprendizagem.

O trabalho do intérprete resulta também na evolução do processo de interação entre os surdos, que muitas vezes enfrentam dificuldades na comunicação entre eles mesmos, por não desenvolverem as técnicas adequadas à língua de sinais.

Outro drama que os surdos enfrentam geralmente está na maneira que são vistos pela sociedade. É necessário que a sociedade passe a ver o surdo como diferente e não como deficiente. No entanto, ainda existem muitas dificuldades. A interação na sala de aula é o primeiro passo para que aconteça uma valorização em relação à língua de sinais. (Danila Lina dos Anjos, jornalista)

Publicado no Diário da Manhã (14/10/2011) página 2 - Opinião
Link: http://www.dmdigital.com.br/index.php?edicao=8741&contpag=1

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